Tecnologias MagLev

06/10/2015 10:00

 

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Imagem: Tipos de tecnologia MagLev

Os diferentes tipos do Sistema MagLev disponíveis hoje, são aplicações promissoras para o transporte de massa, e podemos dividir em três grupos:

O primeiro é a levitação eletrodinâmica, que está baseado no fato que se um material magnético fizer um movimento relativo a uma lâmina condutora (e.g., alumínio), correntes elétricas serão induzidas no condutor. Essas correntes, por sua vez, gerarão outro campo magnético, o qual, com base em uma lei da física (lei de Lenz), irá se opor à variação do campo criado pelo material magnético.

A interação entre esses dois campos gerará uma força repulsiva no material magnético. Essa força aumenta com a velocidade de deslocamento do veículo e é a responsável pela levitação. O sistema, se convenientemente ajustado, apresenta comportamento estável, sem precisar de controle, mas necessita de rodas de apoio nas baixas velocidades.

Calcado nesse princípio, o JR-MagLev, proposta japonesa de trem de levitação, já conta, desde 1997, para demonstração e testes, com uma linha dupla, de início com 18,4 km e, posteriormente, estendida para 42,8 km, em Yamanashi, entre Tóquio e Osaka. O veículo atingiu, em abril de 2015, a velocidade de 603 km/h – recorde mundial para essa categoria de transporte.

O Japão planeja prolongar essa linha – que, por enquanto, não opera comercialmente –, para substituir o Shinkansen (sistema com rodas e trilhos), que liga essas duas cidades. Isso será feito em duas etapas: Tóquio-Nagoia, em 2027; e Nagoia-Osaka, em 2045.

O segundo grupo é a chamada levitação eletromagnética, usada no Transrapid, proposta alemã de trem de levitação, implantada comercialmente, desde 2003, em uma conexão de 30 km, em linha dupla, em Xangai (China), entre o aeroporto internacional da cidade e um distrito financeiro perto dela. A Alemanha também operou uma linha singela de demonstração e teste, com 30 km de extensão, em Emsland.

Essa tecnologia explora a força de atração que um eletroímã exerce sobre um material ferromagnético – ou seja, aquele que é atraído por um ímã. A estabilização do veículo, nesse caso, só é possível com um sistema de controle devidamente sintonizado, para manter a altura de levitação próximo de 1 cm.

O terceiro e último grupo é o da levitação supercondutora, baseada em uma propriedade (diamagnetismo) presente nos supercondutores (materiais que conduzem eletricidade sem perda de calor): a ‘expulsão’ do campo magnético de seu interior – portanto, é o comportamento oposto ao dos materiais ferromagnéticos.

Os supercondutores só são efetivos quando submetidos a temperaturas muito baixas, tornando assim muito onerosa sua aplicação atualmente.

Supercondutividade é uma propriedade física que ocorre em certos materiais sob baixa temperatura. Quando supercondutivo, um material conduz corrente sem resistência nem perdas e não possui campo magnético em seu interior. A ideia então, é utilizar um ímã levitando acima de um supercondutor de alta temperatura, resfriado com nitrogênio líquido.

Desta forma, a corrente elétrica flui sobre a superfície do supercondutor, na qualidade de excluir o campo magnético do ímã (efeito Meissner).

Para maiores informações:

https://sites.google.com/site/maglevcomboiosdofuturo