Uso de drones no setor ferroviário reduz custos em até 22%
A indústria de drones está crescendo e, nos últimos anos, as companhias ferroviárias começaram a implementar soluções baseadas em drones para manutenção da via, segurança e uma série de outras questões. Nas áreas de manutenção de infraestrutura, vigilância e manutenção de trilhos, esses veículos aéreos não tripulados estão começando a produzir resultados significativos, melhorando a segurança e reduzindo custos. Somente em vigilância, a redução de custos chega a 22%.
Manutenção de infraestrutura
A operadora francesa SNCF usa drones desde 2015 para vários propósitos ligados à manutenção, segurança e maximização da confiabilidade. São recolhidos dados sobre vários riscos ambientais e de infra-estrutura para reduzir os custos de manutenção e maximizar a eficiência.
Uma das funções dos drones é inspecionar paredes rochosas para verificar o risco de desmoronamento. Essas inspeções normalmente são feitas a pé, e as vezes requerem o uso de cordas para acesso. A flexibilidade e agilidade dos drones permite realizar essa operação sem colocar funcionários em risco. A coleta de dados feita rapidamente e coleta informações bastante precisas e detalhadas. Além disso, a redução de custos proporcionada pelo uso de drones a longo prazo vem se mostrando significativa.
Nos Estados Unidos, país com a maior malha ferroviária do mundo, a manutenção dos trilhos se torna um desafio, que se torna mais difícil ainda devido a climas extremos e localizações remotas. A BNSF, operadora ferroviária estadunidense, faz uso de drones para inspecionar as condições da via permanente. A empresa afirma que seus 52,3 mil quilômetros de linhas férreas são verificados a pé duas vezes por semana. O uso de drones, nesse caso, não tem o intuito de substituir as inspeções a pé, mas sim de aumentar a frequência com que o monitoramento é feito.
Vigilância
A primeira grande implementação de drones na industria ferroviária foi para fins de vigilância. Em 2103 a operadora ferroviária alemã Deutsche Bahn começou a usar drones para localizar problemas com pichações, que estavam custando cerca de 10 milhões de dólares por ano.
Algumas empresas seguiram o exemplo, como a PKP Cargo, da Polônia. A empresa, que transporta produtos a granel, decidiu usar drones para inibir o roubo de carga. Antes da utilização dos drones, eram registrados aproximadamente 900 casos de roubos por ano.
A SNCF também usa drones para melhorar sua guarda. A operadora monitora, atualmente, 30 mil km de linhas férreas, vulneráveis a roubos de metais, obstrução da via e adulterações. Considerando o sucesso da SNCF com uso de drones para manutenção, o potencial do equipamento para aumentar a segurança da via é promissor.
Acidentes
Os drones vem sendo, ainda, cada vez mais utilizados na investigação de acidentes ferroviários. O Rail Accident Investigation Branch (RAIB), que examina as causas dos acidentes ferroviários no Reino Unido, está usando drones há mais de um ano para capturar imagens que muitas vezes podem ser difíceis de alcançar por outros meios.
Os drones são uma alternativa muito mais barata aos helicópteros, que anteriormente eram usados nas operações do RAIB, além de terem um acesso muito mais fácil a áreas inacessíveis para helicópteros, devido à sua proximidade com árvores e fios.
Além da coleta de dados detalhados, os drones eliminam a necessidade de expor pessoas aos locais de acidentes perigosos.
Para mais informações acesse: http://railwayinnovation.com/3-ways-that-drones-could-change-the-railway-industry/