Concreto de escória álcali-ativada aplicado em dormentes ferroviários

07/10/2015 18:22
Imagem: Dormente em teste.

Imagem: Dormente em teste.

Hoje, a indústria de concreto é responsável por emitir entre 6% a 7% de toda emissão de CO2 na atmosfera. Encontrar soluções mais sustentáveis são essenciais para o setor. Pensando nisso, pesquisadores da Universidade de Tecnologia de Isfahan, Irã, desenvolveram novos dormentes ferroviários com concreto de escória álcali-ativada e alcançaram um desempenho eco-mecânico melhor do que o concreto utilizado normalmente em dormentes.

Dormentes de cimento praticamente substituíram os de metal. Isso se deu pelas vantagens do cimento, tais como: suportar maior peso, possuir maior tempo de vida, fácil modelagem e produção relativamente fácil. Porém, a ampla utilização do cimento criará problemas no futuro, como a falta de matéria-prima e a alta emissão de CO2. Portanto, é essencial encontrar novas soluções e materiais para reduzir esses problemas.

Aplicar concreto de escória álcali-ativada em dormentes foi a solução encontrada pelos pesquisadores do Irã. Uma combinação de escória e solução alcalina mais sustentável e que proporciona melhores comportamentos mecânicos se comparada com os concretos normalmente utilizados.

Para alcançar a melhor performance para os dormentes, os pesquisadores realizaram um balanço entre as qualidades mecânicas e o impacto ambiental de cada componente utilizado na fabricação. Desta forma, variaram a concentração dos componentes da solução alcalina e as dimensões dos dormentes e através da aproximação de Taguchi, um método estatístico de otimização, alcançaram um design com um desempenho eco-mecânico superior aos dormentes convencionais e de acordo com os requerimentos da norma europeia EN 13230.

Portanto, conclui-se que os dormentes desenvolvidos são uma ótima alternativa para os problemas citados e mais eficientes. Desta forma, contribuem para o desenvolvimento sustentável de uma linha férrea.

Para mais informações, acesse:

http://www.sciencedirect.com/science/article/pii/S0261306914010425